Diante do inacabamento oferecido por narrativas fantásticas, buscamos por chaves que nos auxiliem na produção de sentidos. A complexidade da relação que aà se instaura parece desafiar categorias tradicionais que propõem uma compreensão do lugar do leitor. Tomando alguns exemplos do cinema e da literatura, desenvolvemos aqui uma reflexão que toma o processo de significação dos textos fantásticos como terreno fértil para uma percepção do leitor como ator que torna um texto uma obra. Nesse sentido, investigamos o inacabamento dos textos fantásticos em dois sentidos: o inacabamento fundamental de todo texto, e aquele que abre margem a leituras simbólicas, metafóricas e alegorizantes.