Neste artigo, tenho o objetivo de analisar as experiências de mulheres negras no Litoral Negro do Rio Grande do Sul, visando destacar os arranjos familiares marcados pela matrilinearidade, as memórias da escravidão e as experiências no pós-Abolição. Aciono as memórias e histórias de Chica Brincuda, rememorada na comunidade remanescente quilombola do Limoeiro como “a última a ficar nestas terras de escravos”. Para isso, aciono as memórias dos quilombolas e outros documentos escritos, como testamento, alforrias e registros de batismos.
In this article I have the goal to consider the black women’s experiences, in the black coast of Rio Grande do Sul, to highlight the family structure marked by the motherly heritage, slavery memories and experiences after abolition. I go back to memories and stories of the renowned Chica Brincuda in the Limoeiro Quilombola remnant community, as “the last to stay in this slavery land”. For this I go back to the memories of Quilombolas and other documents, writings as testaments, emancipations and baptism certificates.