As ciências sociais e a contrarrevolução permanente: o papel dos intelectuais na visão de Florestan Fernandes

Revista Agenda Política

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ISSN: 23188499
Editor Chefe: Thaís Cavalcante Martins, Mércia Alves, Marcelo Fontenelle e Silva
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

As ciências sociais e a contrarrevolução permanente: o papel dos intelectuais na visão de Florestan Fernandes

Ano: 2021 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: D. V. de A. Costa
Autor Correspondente: D. V. de A. Costa | valencadiogo@hotmail.com

Palavras-chave: ciências sociais, contrarrevolução permanente, papel dos intelectuais, florestan fernandes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo possui o propósito de analisar a perspectiva de Florestan Fernandes sobre o papel político dos cientistas sociais, como categoria social, após sua aposentadoria compulsória da Universidade de São Paulo (USP) em 1969, por força do regime ditatorial implantado em 1964. O método de pesquisa utilizado se baseou na reconstrução dos argumentos de Fernandes em seus trabalhos da época, delimitando-se as leituras em torno de seus ensaios sobre a questão dos intelectuais. A principal tese aqui defendida assume que a análise sociológica dos cientistas sociais elaborada por Florestan Fernandes se relaciona com sua categoria teórica de contrarrevolução permanente, ideia bastante desenvolvida em suas análises da ditadura civil-militar (1964-1985). O autor produz uma verdadeira sociologia dos intelectuais, ainda hoje pouco explorada pelos intérpretes de seu pensamento, especialmente preocupada com a situação dos países periféricos e de capitalismo dependente.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze Florestan Fernandes’ perspective on the political role of social scientists as a social category, after his compulsory retirement from the Universidade de São Paulo (USP) in 1969, due to the dictatorial regime implemented in 1964. The research method used was based on the reconstruction of Fernandes’ arguments in his works of the time, delimiting the readings around his essays on the question of intellectuals. The main thesis defended here assumes that the sociological analysis of social scientists elaborated by Florestan Fernandes is related to his theoretical category of permanent counter-revolution, an idea well developed in his analyses of the civil-military dictatorship (1964-1985). The author produces a true sociology of intellectuals, still today underexplored by the interpreters of this thought, especially concerned with the situation of peripheral and dependent capitalist countries.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo analizar laperspectiva de Florestan Fernandes sobre el papel político de los científicos sociales como una categoría social, después de su retiro obligatorio de la Universidade de São Paulo (USP) en 1969, debido al régimen dictatorial implementado en 1964. El métodode investigación utilizado se basó en la reconstrucción de los argumentos de Fernandes en sus obras de la época, delimitando las lecturas en torno a sus ensayos sobre la cuestión de los intelectuales. La tesis principal que se defiende aquí supone que el análisis sociológico de los científicos sociales elaborado por Florestan Fernandes se relaciona con su categoría teórica de contrarrevolución permanente, idea bien desarrollada en sus análisis de la dictadura cívico-militar (1964-1985). El autor produce una verdadera sociología de los intelectuales, aún hoy poco explorada por los intérpretes de su pensamiento, especialmente preocupada por la situación de los países periféricos y de capitalismo dependiente.