No limiar do século XXI, o neologismo “ciberarte” surge para batizar as formas de arte envolvidas com as novas tecnologias, tentando agregá-las a partir de uma característica comum a todas as suas poéticas: a interatividade. Outro termo popular na atualidade entre filósofos, cientistas sociais e artistas é o “pós-humano”, neologismo que tem como um dos seus significados possíveis a expansão e diluição do corpo e da consciência humana, através do acoplamento crescente com as novas tecnologias (robótica, telemática, nanoengenharia, biogenética). A proposta de muitos artistas parece criar conexões intrínsecas entre ciberarte e pós-humano, e este artigo trata dessas imbricações no contexto da arte contemporânea.