Ciclos petistas de ajuste e suas contradições: condições sócios-políticas para o golpe de 2016

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Ciclos petistas de ajuste e suas contradições: condições sócios-políticas para o golpe de 2016

Ano: 2019 | Volume: 27 | Número: 53
Autores: Rodrigues Júnior, Natan dos Santos, Carvalho, Alba Maria Pinho de, Guerra, Eliana Costa, Moura, Luciana Ribeiro
Autor Correspondente: Natan dos Santos Rodrigues Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Ajustes estruturais, Ciclos petistas, Conciliação de classes, Golpe de estado 2016

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo apresenta configurações do “Brasil do Presente”, tomando como referência a última década do século XX e as duas primeiras do século XXI, tendo como marco histórico-político, processos de inserção tardia e dependente do Brasil ao capitalismo financeirizado, a circunscrever o chamado ajuste estrutural brasileiro. Busca delinear os percursos deste processo de ajuste, ao longo das últimas três décadas, com ênfase na análise dos ciclos petistas de ajuste. Para adentrar no modelo brasileiro de ajuste rentista-neoextrativista, fundado na composição orgânica entre capital financeiro e capital vinculado ao neoextrativismo e ao agronegócio, analisa perspectiva petista de conciliação de classes, a consubstanciar-se nos governos de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mediante a consolidação das políticas de ajuste, em articulação com políticas de enfrentamento à pobreza. Em meio às inflexões do modelo petista, focaliza a tentativa de hibridização das políticas neoliberais com o neodesenvolvimentismo. Discute a crise brasileira contemporânea como o chão histórico do Golpe 2016. O artigo expressa um esforço crítico de pensar contradições nos ciclos de ajuste petistas, a gestar condições sócio-políticas para o avanço da extrema-direita, materializado em um governo ultraliberal, militarista, reacionário, em submissão aos ditames de segmentos conservadores do capital mundializado.



Resumo Inglês:

The article presents configurations of the “Brazil of the Present”, taking as reference the last decade of the twentieth century and the first two of the twenty-first century, having, as a historical-political landmark, processes of late and dependent insertion of Brazil into the financially- to circumscribe the so-called Brazilian structural adjustment. It seeks to outline the pathways of this adjustment process, over the last three decades, with an emphasis on the analysis of the PT’s adjustment cycles. In order to enter the Brazilian model of rentier-neo-extractive adjustment, based on the organic composition between financial capital and capital linked to neo-extractivism and agribusiness, it analyzes the PT’s perspective of class conciliation, to be embodied in the governments of Luís Inácio Lula da Silva and Dilma Rousseff , through the consolidation of adjustment policies, in articulation with policies to combat poverty. Amid the inflections of the PT model, it focuses on the attempt to hybridize neoliberal policies with neodevelopmentism. It discusses the contemporary Brazilian crisis as the historical ground of the 2016 coup. The article expresses a critical effort to think contradictions in the PTs’ adjustment cycles, to generate socio-political conditions for the advancement of the extreme right, materialized in an ultraliberal, militarist, reactionary, in submission to the dictates of conservative segments of globalized capital.