Cidadanias negadas: os jovens em territórios com unidades de polícia pacificadora – Rio de Janeiro

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ISSN: 24479047
Editor Chefe: José Euclimar Xavier de Menezes
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Cidadanias negadas: os jovens em territórios com unidades de polícia pacificadora – Rio de Janeiro

Ano: 2014 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Miriam Abramovay, Mary Garcia Castro
Autor Correspondente: José Euclimar Xavier de Menezes (Editor) | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Revisita-se estudo que realizamos em 2011 com jovens em favelas com UPPs- Unidade de Polícias Pacificadoras, programa de segurança pública do Governo do Estado do Rio de Janeiro em que se pretendia, segundo documentos oficiais, substituir as incursões bélicas nas favelas em nome do combate do tráfico de drogas, por instalação de batalhões. O objetivo deste artigo é explorar como as favelas em que vivem os jovens são por eles retratadas, cidadanias vividas e negadas, considerando condições de vida como escolaridade, trabalho, nível sócio econômico das famílias, percepções sobre as UPPs, o que eles indicam como principais problemas das áreas em que vivem, expectativas quanto ao Governo-retorno da Copa e das Olimpíadas para as suas ‘comunidades’- e, em especial, como as violências se fazem presente de forma latente e manifesta em seus relatos. Explora-se dados de um survey com jovens em comunidades com UPPs, discutindo singularidades e comunalidades de percepções e situações quando se controla sexo/gênero; ciclos etários quinquenais na coorte de 15 a 29 anos; ‘classe social’; rendimento médio familiar e escolaridade. Acessa-se representações sobre violências em especial institucionais e sentidos do programa policial para os entrevistados.



Resumo Inglês:

We revisit study we developed in 2011 with young people in slums with a Security Rio de Janeiro Government Program called UPPs-Peacekeeping Police Unit. In this program, police battalions are based in slums, intending, according to official documents, to avoid violence related to drug trafficking. However, an institutional violence is set, an occupation that does not take into account people´s will and social needs. The purpose of this article is to explore how young persons represent the slums where they live and the UPPs. The concept of denied citizenship is proposed considering living conditions, schooling, work, social economic family level, perceptions about the UPPs, as well as about national projects as the World Cup and the Olympics. Data from qualitative research and from a survey with young people in communities with UPPs are analyzed, taking into account socio demographic variables such as sex/gender; age cohorts; social class '; family income and education.