O interesse pela cidade não é novo. Diferentes campos do saber trazem luz sobre algum aspecto de sua natureza complexa e dinâmica. Neste artigo, abordamos a cidade a partir dos estudos de comunicação e consumo, especialmente as dinâmicas socioculturais vinculadas à experiência estética. Para tanto, tomamos como objeto os discursos acerca das ‘cidades privadas’ e buscamos refletir sobre essa nova racionalidade do espaço urbano a partir do conceito de topos (lugar). Assim, nosso percurso desagua nos estudos de Rancière (estética) e Foucault (heterotopias), que colocam em relação sujeito/objeto e palavras/coisas, aspectos próprios da ação política manifestos nos discursos sobre ‘cidades privadas’.
Interest towards the city is not something new. Different disciplines bring light to some aspects of its complex and dynamic nature. In this paper, we approach the city from the perspective of communication and consumption studies, especially sociocultural dynamics linked to aesthetic experience. In order to do so, we take as object the discourses on ‘private cities’ and seek to reflect on this new rationality of urban space from the concept of topos (place). Thus, our path follows the studies of Rancière (aesthetics), and Foucault (heterotopias), which exposes the relation subject/object and words/things, specific aspects of the political action that manifest in the discourses about ‘private cities’.