A CIDADE NARRADA: UMA LEITURA DO ROMANCE LA TREGUA E DO FILME MEDIANERAS
Revista Eletrônica Areia
A CIDADE NARRADA: UMA LEITURA DO ROMANCE LA TREGUA E DO FILME MEDIANERAS
Autor Correspondente: Fransuelly Raimundo da Silva | [email protected]
Palavras-chave: cidade, romance, filme, personagem
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente artigo se direciona à temática da cidade, enquanto personagem e suas representações, a partir da análise de duas narrativas, a saber, La Tregua (1960), romance uruguaio do escritor Mario Benedetti, e Medianeras (2011), filme argentino do diretor Gustavo Taretto. Analisa- se a atuação que é exercida pela cidade-personagem nas citadas obras, mostrando-se que cada obra, que é elaborada com uma linguagem específica (a literária e a cinematográfica), constrói ficcionalmente e de modo particular o cenário urbano. Para isso, foram utilizados autores como Gomes (1997;1994); Kuster e Pechman (2014), no que se refere às representações da cidade. Concluiu-se que, para além de uma atuação enquanto um mero cenário, elemento que comumente é empregado nas narrativas a partir de uma perspectiva de opacidade e ou transparência, a cidade constitui-se de modo afortunado, entre os demais personagens, como aquele imprescindível que compõe e transforma a trama das narrativas escolhidas e, ao mesmo tempo, comunica sobre a possibilidade de acercamento das relações com o outro no espaço urbano. Dessa maneira, pode-se constatar que a cidade- personagem, além de atuar ativamente nas tramas narradas, oportuniza ainda experiências e espaços, como a rua, para o estreitamento e a quebra dos laços de convivência dos citadinos.
Resumo Espanhol:
Este artículo se dirige a la temática de la ciudad, como un personaje y sus representaciones, a partir del análisis de dos narrativas, a saber, La Tregua (1960), novela uruguaya del escritor Mario Benedetti, y Medianeras (2011), película argentina del director de cine Gustavo Taretto. Se analiza la actuación que es ejercida por la ciudad-personaje en las citadas obras, lo que demuestra que cada obra, que se hace con un lenguaje específico (literario y cinematográfico), contruye de forma ficticia y en particular el escenario urbano. Para eso, fueron utilizados autores como Gomes (1997; 1994); Kuster y Pechman (2014), con respecto a las representaciones de la ciudad. Se concluyó que, además de un papel como un mero escenario, un elemento que se emplea comúnmente en la narrativa desde la perspectiva de la opacidad y o de la transparencia, la ciudad se compone de manera afortunada, entre otros personajes, como el indispensable que compone y transforma la trama de las narrativas elegidas y, al mismo tiempo, informa sobre la posibilidad de acercamiento de las relaciones con el otro en el espacio urbano. Por lo tanto, se puede observar que la ciudad-personaje, además de actuar activamente en las tramas narradas, ofrece todavía experiencias y espacios, como la calle, para el estrechamiento y la ruptura de los lazos de convivencia de los citadinos.
