Este artigo apresenta algumas considerações sobre aspectos da segregação sócio-espacial urbana, numa análise que parte do processo de produção social do espaço urbano, que resulta em uma cidade cada vez mais descontinua, social e espacialmente. Desse modo, procura-se discorrer a respeito da segregação urbana em duas dimensões distintas: a segregação induzida e a auto-segregação urbana. A primeira relacionada às camadas menos abastadas que ocupam as áreas mais precárias, enquanto que a segunda trata das novas formas de habitats urbanos (como os loteamentos fechados) produzidos paras as classes de alto padrão econômico. Esses processos geram uma cidade cada vez mais fragmentada, uma cidade partida, onde os semelhantes passam a conviver entre si, rompendo-se com a possibilidade de (con) viver com as diferenças.
This article presents some considerations about aspects of urban social and space segregation, an analysis that part of the process of social production of urban space, which results in a city each time more discontinues, socially and spatially. Thus, we talk about the urban segregation in two different dimensions: the induced segregation and the self urban segregation. The first relates the layers less affluent sections that occupy the areas most precarious, while the second deals with new forms of urban habitats (as the lots closed) produced only for classes of high-standard economic. These processes generate an increasingly fragmented city, a departure city, where the similar start to live with between itself, breaking with the possibility to live with the differences.