As cidades médias são frequentemente apreciadas por suas características, sendo avaliadas como bons espaços para viver, investir e governar. No Brasil, considera-se que cidades médias são aquelas que possuem população entre 100 mil e 500 mil habitantes, intermediando fluxos e relações entre cidades de diferentes portes. Assim, a proposta deste trabalho é identificar o papel exercido pelo município de Ponta Grossa na rede de cidades paranaense. Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, buscou-se compreender os conceitos referentes a cidades médias, redes urbanas e centralidades afim de embasar a discussão sobre o estudo de caso. A classificação de cidades médias é realizada a partir da análise da qualidade e complexidade das funções que estas efetuam, especialmente a intensidade das relações interurbanas, seu poder de intermediação nas relações entre cidades de diferentes portes e a sua capacidade de atuação como núcleo estratégico regional. Ponta Grossa é uma cidade que historicamente exerce função de pólo centralizador no território paranaense. Sua própria conformação, originada da atividade tropeira, condiciona a dinâmica polarizadora da localidade e possibilita sua transformação em núcleo urbano. A partir do início do século XX o município foi considerado o mais próspero do interior do estado e um dos principais centros urbanos da região sul do Brasil, captando investimentos e recebendo fluxos de migrantes provenientes das zonas rurais. Ao longo dos últimos anos Ponta Grossa perde parte de sua influência no cenário paranaense devido à sua proximidade com Curitiba e ao desenvolvimento de outras cidades como Guarapuava e Cascavel.