CINEMAS AFRO-ATLÂNTICOS: Corporeidade, Trabalho e Musicalidade dos Cinemas Negros nas Tessituras das Redes Educativas

Periferia

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ISSN: 19849540
Editor Chefe: Ivan Amaro e Dilton Ribeiro Couto Junior
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

CINEMAS AFRO-ATLÂNTICOS: Corporeidade, Trabalho e Musicalidade dos Cinemas Negros nas Tessituras das Redes Educativas

Ano: 2019 | Volume: 11 | Número: 4
Autores: Marco Aurélio Correa
Autor Correspondente: Marco Aurélio Correa | [email protected]

Palavras-chave: diáspora africana, identidades e diferenças, redes educativas, cinemas negros, cultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto pretende abordar como a discussão conceitual sobre a diáspora africana se apresenta nas imagens, narrativas e sons dos cinemas negros presentes no decorrer do atlântico negro (GILROY, 2001). Enfocando nas relações entre o corpo (TAVARES, 2016), o trabalho (MOURA, 1995) e a musicalidade (HALL, 2003) da diáspora representadas nos filmes dos cinemas negros, questionaremos monologismos da ciência ocidental (ALVES, 1999) que desencadearam no colonialismo e no racismo contemporâneo (FANON, 2005), através de hierarquização e aprisionamento das identidades e diferenças (CARDOSO JR, 2011; JESUS, 2016). As correntes que prendiam e cerceavam corpos e mentes negras foram sutilmente subvertidas através de constantes movimentos de criações corporais e musicais como forma de manutenção das expressividades de origem africana, até os dias de hoje. A potência criativa e intercessora (DELEUZE; GUATTARI, 1992) presente nestes filmes e nestes movimentos estéticos nos possibilita pensar em suas tessituras nos cotidianos escolares (ALVES, 2011), como tática (CERTEAU,1998) questionadora das hegemonias presentes na educação contemporânea (NOGUERA, 2012).



Resumo Inglês:

The present paper intends to discuss how the conceptual discussion about the African diaspora is presented in the images, narratives and sounds of the black cinemas present in the course of the Black Atlantic (GILROY, 2001). Focusing on the relations between the body (TAVARES, 2016), the work (MOURA, 1995) and the musicality (HALL, 2003) of the diaspora represented in black cinema films, we will question the monologisms of western science (ALVES, 1999) and in contemporary racism (FANON, 2005), through hierarchization and imprisonment of identities and differences (CARDOSO JR, 2011, JESUS, 2016). The chains that bound and enclosed black bodies and minds were subtly subverted through constant movements of bodily and musical creations as a way of maintaining expressiveness of African origin to this day. The creative and intercessory power (Deleuze, Guattari, 1992) present in these films and in these aesthetic movements allows us to think about their tessitures in school everyday (ALVES, 2011), as a tactic (CERTEAU, 1998) questioning the hegemonies present in contemporary education (NOGUERA, 2012).



Resumo Espanhol:

El presente texto pretende abordar cómo la discusión conceptual sobre la diáspora africana se presenta en las imágenes, narrativas y sonidos de los cines negros presentes en el transcurso del atlántico negro (GILROY, 2001). En el marco de las relaciones entre el cuerpo (TAVARES, 2016), el trabajo (MOURA, 1995) y la musicalidad (HALL, 2003) de la diáspora representadas en las películas de los cines negros, cuestionar monólogos de la ciencia occidental (ALVES, 1999) que desencadenaron en el colonialismo y en el racismo contemporáneo (FANON, 2005), a través de jerarquización y aprisionamiento de las identidades y diferencias (CARDOSO JR, 2011, JESÚS, 2016). Las corrientes que prendían y cercaban cuerpos y mentes negras fueron sutilmente subvertidas a través de constantes movimientos de creaciones corporales y musicales como forma de mantenimiento de las expresividades de origen africano hasta los días de hoy. La energía creativa e intercesora (DELEUZE, GUATTARI, 1992) presente en estas películas y en estos movimientos estéticos nos posibilita pensar en sus tesis en los cotidianos escolares (ALVES, 2011), como táctica (CERTEAU, 1998) cuestionadora de las hegemonías presentes en la educación contemporánea (NOGUERA, 2012).