A circulação interna de mercadorias no território moçambicano: um país sobre rodas

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ISSN: 1984-5537
Editor Chefe: Angelo Serpa
Início Publicação: 28/02/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

A circulação interna de mercadorias no território moçambicano: um país sobre rodas

Ano: 2017 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: Antonio Gomes de Jesus Neto
Autor Correspondente: Antonio Gomes de Jesus Neto | [email protected]

Palavras-chave: Moçambique, Transporte rodoviário, Circulação de mercadorias, Fluidez territorial, Mozambique, Road transport, Circulation of goods, Territorial fluidity

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Moçambique é historicamente conhecido por ser um território voltado ao seu exterior, tanto por escoar a produção da hinterland da África Austral (como seus vizinhos África do Sul, Suazilândia, Zimbabwe e Malawi), como pelo antigo direcionamento da economia do país para a exportação da produção interna. Ainda que o atual modelo dos chamados “mega projetos” continue a estimular essa lógica extravertida, desde a independência do país, em 1975, o governo moçambicano vem reunindo esforços na tentativa de integrar seu território e configurar uma economia eminentemente nacional. Tal tarefa cabe, no que tange à circulação de mercadorias, ao modal rodoviário, através de inúmeras rodovias (quase nunca pavimentadas), de instrumentos normativos e instituições regulatórias voltados ao transporte rodoviário de cargas, e de diferentes operadores de transporte (desde empresas até motoristas autônomos e transportadores informais). Assim, com base na proposta de Milton Santos de compreender o espaço geográfico a partir de suas dimensões técnicas e político-normativas, este artigo busca fornecer um quadro atualizado da circulação interna de mercadorias em Moçambique.



Resumo Inglês:

Mozambique is historically known for being a territory turned to its exterior, both because it drains the Southern African inner production (especially its neighbors South Africa, Swaziland, Zimbabwe and Malawi) and because its economy has long been directed to the exportation of its domestic production. Even though the current “megaprojects” model stills follows this extraverted logic, since the country’s independence in 1975 the Mozambican government has been making an effort to integrate the territory and set up a national economy. When it comes to the circulation of goods, this task depends on road transport by means of numerous roads (mostly unpaved), normative instruments, regulatory institutions and various transport operators (such as companies, autonomous drivers and informal carriers). Thus, based on Milton Santos’ proposal to understand the geographical space through its technical and political normative dimensions, this article attempts at providing an updated framework for the inner circulation of goods in Mozambique.