OBJETIVO:
Avaliar a correlação da circunferência do pescoço com resistência à insulina e com os componentes da sÃndrome metabólica em adolescentes com diferentes nÃveis de adiposidade e estadios puberais, bem como determinar a utilidade da circunferência do pescoço como um parâmetro na predição de resistência à insulina em adolescentes.
MÉTODOS:
Estudo transversal no qual se avaliaram 388 adolescentes de ambos os sexos, de dez a 19 anos. Os adolescentes foram submetidos à avaliação antropométrica e de composição corporal, incluindo circunferências do pescoço e da cintura, e a avaliação bioquÃmica. O estadio puberal foi obtido por meio de autoavaliação e a pressão arterial, pelo método auscultatório. Analisou-se a resistência à insulina pelo Homeostasis Model Assessment-Insulin Resistance. A correlação entre duas variáveis foi verificada com o coeficiente de correlação parcial ajustado para o percentual de gordura corporal e o estadio puberal. O desempenho da circunferência do pescoço para identificar resistência à insulina foi testado pela Receiver Operating Characteristic Curve.
RESULTADOS:
Após ajuste para o percentual de gordura corporal e estadio puberal, a circunferência do pescoço correlacionou-se com circunferência da cintura, pressão arterial, triglicérides e marcadores de resistência à insulina em ambos os sexos.
CONCLUSÕES:
Os resultados demonstraram que a circunferência do pescoço é uma ferramenta útil para detectar a resistência à insulina e a alteração nos indicadores de sÃndrome metabólica em adolescentes. A facilidade de aplicação e o baixo custo podem viabilizar sua utilização em serviços de Saúde Pública.