Propomos analisar a atuação político-cultural do periódico La Revista Literaria, fundado por vários intelectuais uruguaios em 1865, buscando compreendê-lo tanto como um espaço de formação intelectual, quanto cidadã, a partir das indicações de Hilda Sabato (2008). Objetivamos, também, entender como suas publicações propuseram uma identidade para o Uruguai daquele período, visando à “civilização” de caráter nacional para a população daquele país. A atuação do referido periódico se centrou nas críticas dirigidas à Igreja Católica uruguaia e ao passado monárquico espanhol que ainda parecia se mostrar presente em meio às tentativas internas de consolidação do Estado Nacional pósindependência. No entanto, esse projeto se deu olhando-se “para fora”, por meio de referenciais externos, consistindo, assim, em uma forma de percepção de um “movimento” temporal – conforme os dizeres de Reinhart Koselleck (2006) - em direção à “modernidade” político-cultural nacional uruguaia.
We propose to analyze the political-cultural performance of the periodical La Revista Literaria, founded by several intellectuals in 1865, seeking to understand it both as a space for intellectual and citizen formation, based on the indications of Hilda Sabato (2008). We also aimed to understand how his publications proposed an identity for Uruguay of that period, aiming at the "civilization" of national character for the population of that country. The journal's work focused on criticism of the Uruguayan Catholic Church and the Spanish monarchist past that still seemed to be present amid the internal attempts to consolidate the post-independence National State. However, this project took place by looking "outwardly" through external references, thus constituting a form of perception of a temporal "movement" - in Reinhart Koselleck's (2006) words - towards "modernity" political-cultural Uruguayan national.
Proponemos analizar el desempeño político-cultural de la revista La Revista Literaria, fundada por varios intelectuales en 1865, buscando entenderlo como un espacio para la formación intelectual y ciudadana, basado en las indicaciones de Hilda Sabato (2008). También intentamos entender cómo sus publicaciones propusieron una identidad para Uruguay de ese período, con el objetivo de la "civilización" de carácter nacional para la población de ese país. El trabajo de la revista se centró en las críticas a la Iglesia Católica Uruguaya y al pasado monárquico español que todavía parecía estar presente en medio de los intentos internos para consolidar el Estado Nacional posterior a la independencia. Sin embargo, este proyecto se llevó a cabo mirando "hacia afuera" a través de referencias externas, constituyendo así una forma de percepción de un "movimiento" temporal, como lo expresa Reinhart Koselleck (2006), hacia la "modernidad" político-cultural uruguaya.
