Classificação de risco de sepse em recém-nascidos pré-termo em umA UTI neonatal

Revista Brasília Médica

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ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Classificação de risco de sepse em recém-nascidos pré-termo em umA UTI neonatal

Ano: 2021 | Volume: 58 | Número: Não se aplica
Autores: Victor Santos Araújo1, Andrea Lopes Ramires Kairala2, Marcelo Carlos de Oliveira Junqueira3, Pedro Luiz Castro de Almeida4
Autor Correspondente: Victor Santos Araújo | [email protected]

Palavras-chave: recém-nascido prematuro, sepse neonatal, unidades de terapia intensiva neonatal, grupos de risco, mortalidade infantil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Considerando possíveis divergências entre resultados de verificação de risco em prematuros de UTI’s Neonatais na literatura, o objetivo foi avaliar a relação do peso de Recém-Nascidos Pré-Termos e escore de gravidade com desenvolvimento de sepse em pacientes internados em uma UTI neonatal de Brasília.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo por análise de prontuário com 488 pacientes admitidos em UTIN logo após o nascimento, entre janeiro de 2014 a dezembro de 2017. Excluídos: RN<28 semanas, malformações congênitas incompatíveis com a vida e RN transferidos de outros hospitais.
RESULTADOS: Relacionando o peso com sepse, identificamos que 78,6 % e 78,1 dos pacientes com EBP e MBP, respectivamente, tiveram diagnóstico de sepse. Dos RNPT com BP 55,7% apresentaram sepse. Aqueles com peso>=2.500g, 45,4% positivaram sepse, observando-se um p-valor 0,000. Quanto à relação entre peso e a porcentagem de mortalidade pelo SNAP-PE II, obteve-se um p-valor de 0,000, percebendo-se que 69,2% dos EBP tiveram índice de mortalidade superior a 3,9%; enquanto os MBP, Baixo Peso e peso>2.500g tiveram 33,9%, 12,9% e 17,6%, respectivamente.
CONCLUSÃO: Observou-se que a classificação do peso dos RNPT é um simples, mas importante dado para determinar o risco de sepse e aumento de chance de mortalidade. Ressalta-se a importância da realização desta classificação em todos RNPT além da aplicação do escore de risco, a fim de determinar condutas adequadas e melhorar os índices de sobrevida.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: Considering possible differences between risk assessment results in preterm neonates of neonatal ICUs in the literature, the objective was to evaluate the relationship between preterm newborn weight and severity score with sepsis development in patients admitted to a neonatal intensive care unit in Brasília.
METHODS: Retrospective study by chart analysis of 488 patients admitted to the NICU immediately after birth, between January 2014 and December 2017. Excluded: NB <28 weeks, congenital malformations incompatible with life and infants transferred from other hospitals.
RESULTS: Relating weight with sepsis, we identified that 78.6% and 78.1 of patients with extremely low birth weight (ELBW) and very low birth weight (VLBW), respectively, had a diagnosis of sepsis. Of the PTNBs with LW, 55.7% presented sepsis. Those weighing> 2.500 g, 45.4% had sepsis, with a p-value of 0.000. Regarding the relationship between weight and the percentage of mortality by SNAP-PE II, a p-value of 0.000 was obtained, with 69.2% of ELBW having a mortality rate higher than 3.9%; while VLBW, Low Weight and Weight> 2,500g had 33.9%, 12.9% and 17.6%, respectively.
CONCLUSION: It was observed that the weight classification of preterm infants is a simple but important way to determine the risk of sepsis and increased chance of mortality. Moreover it is important to perform this classification in all PTNBs in addition to the application of the risk score, in order to determine adequate behaviors and improve survival rates.