As representações da cidade no discurso midiático fogem dos sentidos funcionalistas e racionalistas, legitimando a fragmentação das experiências de sujeitos no construto de narrativas sobre os lugares a partir dos quais falam, conforme Martín-Barbero (2004). Seguindo o método de pragmática do discurso jornalístico, na esteira de Rodrigues (2001) defenderemos que os relatos dos correspondentes internacionais são ininterruptos, não hierárquicos, podendo aparecer fora das produções jornalísticas e combinatórios de perspectivas políticas, econômicas, sociais e ambientais. Neste sentido, analisaremos testemunhos de repórteres no projeto Memória Globo (2018) a respeito de coberturas de catástrofes ambientais, demonstrando que o jornalismo interpretativo contraria a mera apresentação de consequências dos fatos e permite o apontamento de soluções à comunidade nacional de origem dos correspondentes, necessárias ao restabelecimento de cidades devastadas.
Representations of the city in media discourse escape the functionalist and rationalist senses, thereby legitimizing the fragmentation of the experiences of subjects in constructing narratives regarding the places from which they speak, according to Martín-Barbero (2004). Following the pragmatic method of journalistic discourse, in the wake of Rodrigues (2001), we will argue that reports from international correspondents are uninterrupted, non-hierarchical and may take place outside journalistic productions, combining political, economic, social and environmental perspectives. In this sense, we set out to analyse the testimonies of reporters in the Globo Memoir Project (2018) regarding the coverage of environmental disasters, demonstrating that interpretive journalism is contrary to the mere presentation of consequences, and enables correspondents to point out to their original national community solutions that are necessary for re-establishing devastated cities.