Este artigo trata das relações entre o processo de profissionalização dos médicos paulistas
e o fenômeno do adhemarismo. Como governador, Adhemar de Barros empreendeu
polÃticas de saúde que interferiram no processo de profissionalização dessa
carreira em São Paulo. Avaliamos como essa profissão relacionou-se com o Estado
adhemarista, destacando os interesses polÃtico-profissionais e as ações associativas de
aproximação-distanciamento entre médicos e governo. Nosso foco dirigiu-se para
seu segundo governo (1947-1951), quando se verificou o movimento de Assembléia
Permanente de Médicos e Engenheiros, em que estes procuraram obter a equiparação
econômico-jurÃdica, como carreiras públicas, junto aos advogados, numa ação que
revelou as contradições e ambivalências entre profissionalismo e polÃtica, bem como
a coesão associativa dos médicos e como as fronteiras entre profissionalismo e polÃtica
não estavam bem demarcadas entre tais médicos.