O trabalho analisa as estratégias dos partidos brasileiros ao lançar candidatos para os cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual em todo Brasil, no perÃodo compreendido entre 1986 e 2006. Mostra que, entre os pequenos e médios partidos, as candidaturas isoladas, sem coligações, são maioria. Mas, entre os grandes partidos, predominam as coligações, especialmente as ideologicamente inconsistentes. Apenas o PT realizou mais coligações ideologicamente consistentes do que inconsistentes no conjunto do perÃodo; mas este padrão se inverteu em 2002 e 2006. A análise também revela que os eleitores não têm punido coligações ideologicamente inconsistentes. Além disso, candidaturas que contam com o apoio de partidos da coalizão de apoio ao governo federal têm maiores chances de vitória do que as que contam com o apoio apenas de partidos da oposição.
This work analyzes Brazilian parties strategies to launch candidates to governor, senator, federal deputy and state deputy offices in Brazil, from 1986 to 2006. It shows that between small and medium-sized parties most candidatures are isolated, with no alliances. However, among the major parties alliances prevail, especially those which are ideologically inconsistent. Only Worker’s Party performed more ideologically consistent alliances than inconsistent ones in the referred period; but this pattern was inverted in 2002 and 2006. The analyses also reveals that voters have not punished ideologically inconsistent alliances. Besides that, candidatures that are supported by parties from federal govern coalition have better chances to victory than those which are supported only by opposition parties.