O objetivo do presente trabalho é apresentar uma reflexão sobre a relação entre democracia, colonialidade e crise democrática na América Latina a partir do pensamento descolonial, mais especificamente a partir de uma interpretação específica da obra de Aníbal Quijano. Para isso, primeiramente, é apresentado o modo com que o autor compreende a colonialidade do poder, o capitalismo e o eurocentrismo. Em seguida, as concausas de uma consolidação própria das democracias e dos Estados-nacionais no Sul global. A partir de então, é possível concluir que as crises não são uma exceção entre nós, pelo contrário, as democracias em regiões periféricas, devido à colonialidade, são vivenciadas sob o risco constante e permanente de crise.