Colonialismo, luta de classes, racismo e subalternidade: da questão meridional à tradutibilidade latino-americana

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ISSN: 2238-0426
Editor Chefe: Francisco Horacio da Silva Frota
Início Publicação: 02/05/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política

Colonialismo, luta de classes, racismo e subalternidade: da questão meridional à tradutibilidade latino-americana

Ano: 2022 | Volume: 12 | Número: 28
Autores: J.R.Sousa
Autor Correspondente: J.R.Sousa | [email protected]

Palavras-chave: colonialismo, racismo, luta de classes, subalternidade, américa latina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O uso do conceito gramsciano de subalternidade pelo grupo dos Subaltern Studies tem desdobramentos distintos das bases revolucionárias da Filosofia da Práxis, pois, ao aderir às tendências pós-modernas e às teorias “pós-coloniais”, contribuem para reforçar os questionamentos sobre a legitimidade de Karl Marx para contribuir com o debate sobre a relação entre exploração e opressão pelo colonialismo, especialmente na América Latina. Assim, este artigo busca recuperar as contribuições de Marx e de Antonio Gramsci e os elementos históricos que condensam o lugar da Filosofia da Práxis contra o colonialismo, o racismo e as formas que a subalternidade assume na sociedade de classes, como a “questão meridional” apontada por Gramsci, assim como a contribuição de intelectuais orgânicos que auxiliam na tarefa da tradutibilidade latino-americana, especialmente do Brasil, a partir da compreensão das contradições particulares e contemporâneas que acenam para as possibilidades sócio-históricas de organização e de construção do devir.



Resumo Inglês:

The use of the Gramscian concept of subalternity by the group of Subaltern Studies has unfoldings which differ from the revolutionary bases of the Philosophy of Praxis because, by adhering to postmodern trends and “postcolonial” theories, they contribute to reinforcing the questions about Karl Marx’s legitimacy to contribute to the debate on the relationship between exploitation and oppression in colonialism, especially in Latin America. Thus, this article seeks to resume the contributions of Marx, Antonio Gramsci, and the historical elements that condense the place of the Philosophy of Praxis against colonialism, racism, and the forms taken by subalternity in class society, such as the ‘southern issue’ pointed out by Gramsci, as well as the contribution of organic intellectuals who help in the task of Latin American translatability, especially in Brazil, which stems from an understanding of particular and contemporary contradictions that point to socio-historical possibilities of organization and the making of becoming.



Resumo Espanhol:

La utilización del concepto gramsciano de subalternidad por parte del grupo de los Subaltern Studies tiene desdoblamientos que difieren de las bases revolucionarias de la Filosofía de la Praxis porque, al adherirse a las corrientes posmodernas y las teorías “poscoloniales”, contribuyen a reforzar los cuestionamientos sobre la legitimidad de Karl Marx para contribuir al debate sobre la relación entre explotación y opresión en el colonialismo, especialmente en América Latina. Así, este artículo busca retomar los aportes de Marx y de Antonio Gramsci y los elementos históricos que condensan el lugar de la Filosofía de la Praxis contra el colonialismo, el racismo y las formas que asume la subalternidad en la sociedad de clases, como la “cuestión meridional” señalada por Gramsci, así como el aporte de intelectuales orgánicos que coadyuvan en la tarea de la traducibilidad latinoamericana, especialmente en Brasil, que parte de la comprensión de contradicciones particulares y contemporáneas que apuntan a posibilidades sociohistóricas de organización y de construcción del devenir.



Resumo Francês:

L’utilisation du concept gramscien de subalternité par le groupe des Subaltern Studies a des déroulements différents des fondements révolutionnaires de la Philosophie de la Praxis, car, en adhérant aux courants postmodernes et aux théories «postcoloniales», ils contribuent à renforcer les interrogations sur la légitimité de Marx à contribuer au débat sur les relations entre exploitation et oppression dans le colonialisme, notamment en Amérique Latine. Ainsi, cet article cherche à récupérer les apports de Marx et Antonio Gramsci et les éléments historiques qui condensent la place de la Philosophie de la Praxis contre le colonialisme, le racisme et les formes prises par la subalternité dans la société de classes, comme la «question méridionale» souligné par Gramsci, ainsi que la contribution d’intellectuels organiques qui contribuent à la tâche de la traductibilité latino-américaine, en particulier au Brésil, qui part de la compréhension des contradictions particulières et contemporaines qui indiquent des possibilités socio-historiques d’organisation et de construction du devenir.