Combater e compor: dilemas do agir em uma leitura deleuziana de Espinosa

Princípios (UFRN)

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ISSN: 1983-2109
Editor Chefe: Dax Moraes
Início Publicação: 30/11/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Combater e compor: dilemas do agir em uma leitura deleuziana de Espinosa

Ano: 2012 | Volume: 19 | Número: 32
Autores: Cíntia Vieira da Silva
Autor Correspondente: Cíntia Vieira da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Autonomia, conatus, estratégia, filosofia prática, prudência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Para Espinosa, o modo finito enfrenta uma luta para se
tornar livre, já que a liberdade não é uma propriedade essencial à
sua natureza e vários obstáculos dificultam o processo de liberação.
Contudo, tendo em vista que a liberação, em Espinosa, confunde-se
com o acesso ao terceiro gênero de conhecimento, e que a essência
do modo é se esforçar por perseverar em seu ser – e, portanto, agir
em função do que lhe é útil – tal processo de liberação poderia ser
interpretado não apenas como individual, mas também como
individualista, como se o desenvolvimento da razão não tivesse uma
dimensão social. A prudência espinosista, - que poderíamos também
chamar de sabedoria prática, estratégia ou cautela- ao contrário, é
uma arte da composição e, como tal, eminentemente coletiva e
necessária para a produção da vida em comum dos modos finitos.
Trata-se menos de definir o que é prudência do que de apresentar
os mecanismos por meio dos quais uma sabedoria prática fornece
princípios imanentes para que o modo se torne livre, ativo, possa ter
idéias adequadas e aprenda a entrar em relações de composição.