O objetivo geral do artigo é questionar as bases paradigmáticas da cultura contemporânea de defesa dos direitos fundamentais mediante um cotejo entre a metafísica jurídica cômico-romântica do segundo Pós-Guerra e o ironismo cômico de Rorty. O núcleo do referencial teórico é a projeção, realizada por Robin West, dos mitos estéticos listados por Northrop Frye à teoria do direito, possibilitando a exploração da narrativa de "Os irmãos Karamázov” como alegoria para a angústia humana diante do caráter contingente das soluções jurídicas. Concluiu-se que a pós-modernidade demanda uma nova cultura jusfundamental, de caráter ironista (contextualista e falibilista), baseada em confiança e lealdade.
This article aims to assess the contemporary legal culture of basic rights by analyzing the conflict between post-World War II Era comic-romantic legal metaphysics and Rorty’s comic ironism. The core of its theoretical framework is Robin West’s effort to project Northrop Frye’s aesthetical myths to Jurisprudence, a thesis which makes it possible to read “The Brothers Karamazov” as an allegory to human anguish concerning the contingent nature of legal answers. We concluded that the post-modern era demands a new culture of basic rights, which displays the traits of ironism (contextualism and fallibilism) and is based on trust and loyalty