Como mulheres avaliam expressões faciais de alegria e dor?

Revista Psicologia em Pesquisa

Endereço:
Universidade Federal de Juiz de Fora Departamento de Psicologia – ICH Campus Universitário – Bairro Martelos
JUIZ DE FORA / MG
36036-330
Site: http://psicologiaempesquisa.ufjf.emnuvens.com.br/psicologiaempesquisa
Telefone: (32) 2102-3103
ISSN: 1982-1247
Editor Chefe: Fatima Caropreso
Início Publicação: 28/02/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

Como mulheres avaliam expressões faciais de alegria e dor?

Ano: 2020 | Volume: 14 | Número: 4
Autores: Ana Mércia Fernandes, Daniel Ciampi de Andrade, Luiz Carlos Serramo Lopez, Luiz de Gonzaga Gawryszewski, Nelson Torro
Autor Correspondente: Ana Mércia Fernandes | [email protected]

Palavras-chave: expressão facial, dor, tempo de reação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A expressão facial de dor pode provocar diferentes reações comportamentais. Todavia, ainda não está claro se a face de dor evoca respostas motoras mais lentas ou mais rápidas, quando comparada à expressão com valência positiva, e sua interação com o sexo da pessoa que demonstra a expressão facial. O objetivo desse trabalho foi avaliar o padrão de resposta motora de mulheres em uma tarefa de reconhecimento de expressões faciais de alegria e dor em faces femininas e masculinas. Na tarefa experimental, 32 estudantes classificaram emoções faciais dinâmicas de homens e mulheres entre as opções de alegria e dor, sendo registradas as respostas de tempo de reação manual (TRM). A ANOVA indicou uma diferença entre faces masculinas e femininas apenas para a identificação da dor (p = 0,001), mas não da alegria (p = 0,064). Neste caso, a dor foi reconhecida mais rapidamente na face masculina (TRM = 625,1 ms) que na face feminina (TRM = 668,0 ms). Considera-se que este padrão de resposta motora pode estar relacionado à detecção de situações potencialmente ameaçadoras no ambiente, com possibilidade de ser estudado em pessoas com dor crônica.



Resumo Inglês:

The facial expression of pain can provoke different behavioral reactions. However, it is not clear whether the face of pain evokes slower or faster motor responses when compared with positive valence expression and its interaction with the gender of the person who demonstrates facial expression. The objective of this work was to evaluate the motor response pattern of women in a task of recognizing facial expressions of happiness and pain in female and male faces. In the experimental task, 32 students classified dynamic facial emotions of men and women among the options of happiness and pain, and manual reaction time (MRT) responses were recorded. The ANOVA indicated a difference between male and female faces only for the identification of pain (p = 0.001), but not happiness (p = 0.064). In this case, the pain was recognized more quickly on the male face (TRM = 625.1 ms) compared to the female face (TRM = 668.0 ms). It is considered that this pattern of motor response may be related to the detection of potentially threatening situations in the environment, with the possibility of being studied in people with chronic pain.



Resumo Espanhol:

La expresión facial del dolor puede provocar diferentes reacciones conductuales. Sin embargo, aún no está claro si el rostro de dolor evoca respuestas motoras más lentas o más rápidas, en comparación con la expresión con valencia positiva, y su interacción con el sexo de la persona que demuestra expresión facial. El objetivo de este trabajo fue evaluar el patrón de respuesta motora de las mujeres en una tarea de reconocimiento de expresiones faciales de alegría y dolor en rostros femeninos y masculinos. En la tarea experimental, 32 estudiantes clasificaron las emociones faciales dinámicas de hombres y mujeres entre las opciones de alegría y dolor, y se registraron las respuestas de tiempo de reacción manual (TRM). El ANOVA indicó una diferencia entre los rostros masculinos y femeninos solo para la identificación del dolor (p = 0.001), pero no alegría (p = 0.064). En este caso, el dolor se reconoció más rápidamente en el rostro masculino (TRM = 625.1 ms) comparado al rostro femenino (TRM = 668.0 ms). Se considera que este patrón de respuesta motora puede estar relacionado con la detección de situaciones potencialmente amenazantes en el entorno, con posibilidad de ser estudiado en personas con dolor crónico.