Por meio de uma escrita-percurso, o artigo apresenta algumas vivências da autora durante o “Amazônia centro do mundo”, evento que reuniu ao longo de três dias lideranças indígenas, pesquisadoras(es) e ativistas em Altamira (PA), cidade onde foi erguida a segunda maior Usina Hidrelétrica do mundo. O texto é tecido em conjunto com a narrativa sobre o espetáculo Altamira 2042 de Gabriela Carneiro da Cunha, em diálogo com a entrevista realizada com esta atriz sobre a criação do espetáculo. O intuito é argumentar que, quando as instituições se revelam incapazes de reparar o irreparável, a arte pode assumir a responsabilidade de instituir outras imaginações naquelas e naqueles que compartilham do mesmo trabalho artístico.
Through a writing-in-route, the article presents some of the author's experiences during “Amazônia centro do mundo”, an event that, over three days, brought together indigenous leaders, researchers and activists in Altamira (PA), city where the world’s second largest hydroelectric power plant was build. The text is stitched together with Altamira 2042, a piece by Gabriela Carneiro da Cunha, aiming to argue that when the institutions prove incapable of repairing the irreparable, art can assume the responsibility of instituting other imaginations in those who share the artistic work.
A través de una escritura-en-ruta, el artículo presenta algunas de las experiencias de la autora durante el “Amazônia centro do mundo”, evento que reunió durante tres días a líderes indígenas, investigadores y activistas en Altamira (PA), ciudad donde se encuentra la segunda mayor hidroeléctrica del mundo. El texto se entreteje con la obra Altamira 2042 de Gabriela Carneiro da Cunha, a fin de argumentar que cuando las instituciones se muestran incapaces de reparar lo irreparable, el arte puede asumir la responsabilidad de instituir otras imaginaciones en quienes comparten del trabajo artístico.