O fechamento de feridas cirúrgicas por meio de sutura está intrinsecamente relacionado à integridade da cicatrização, assim como à prevenção de complicações. Dessa forma, a técnica utilizada influencia a distribuição de forças no tecido, a resistência da ferida, afetando sua perfusão, gerando risco de isquemia. Este estudo teve como objetivo comparar diferentes métodos de sutura quanto à força aplicada, distribuição de tensão e potenciais complicações. Foi realizada uma análise comparativa baseada em quatro estudos encontrados em bases de dados indexadas, contemplando técnicas como ponto simples, colchoeiro vertical e horizontal, polia convencional e modificada, fechamento pela regra das metades e o uso de dispositivo adesivo de retenção. Os parâmetros analisados foram a força de tração necessária, o padrão de distribuição de tensão ao longo da ferida e as consequências clínicas decorrentes, tais como deiscência, necrose tecidual por isquemia e falhas de aproximação. Os resultados demonstraram que técnicas como a polia modificada e o dispositivo adesivo distribuíram melhor a tensão, exigindo menor força e reduzindo riscos. Já métodos como o ponto colchoeiro vertical e a regra das metades concentraram carga no ponto central, favorecendo complicações como “cheese wiring” e isquemia. A análise reforça que técnicas que promovem distribuição homogênea da força são biomecanicamente mais vantajosas e devem ser preferidas em contextos de fechamento de áreas sob tensão. A escolha criteriosa da técnica, considerando as características do tecido e da ferida, torna-se essencial para otimizar a cicatrização e reduzir eventos adversos.
The closure of surgical wounds by suturing is intrinsically linked to the integrity of healing and the prevention of complications. Thus, the technique employed directly influences the distribution of forces within the tissue and the mechanical strength of the wound, affecting perfusion and potentially increasing the risk of ischemia. This study aimed to compare different suturing methods in terms of applied force, tension distribution, and potential complications. A comparative analysis was performed based on four studies retrieved from indexed databases, encompassing techniques such as simple interrupted sutures, vertical and horizontal mattress sutures, conventional and modified pulley techniques, the halving method, and the use of adhesive retention devices. The parameters analyzed included the amount of traction force required, the pattern of tension distribution along the wound, and clinical consequences such as dehiscence, ischemia-induced tissue necrosis, and failed wound approximation. The results demonstrated that techniques like the modified pulley and adhesive devices provided better tension distribution, required less force, and reduced the risk of complications. In contrast, techniques such as the vertical mattress and the halving method concentrated mechanical load at the central point, increasing the likelihood of complications such as cheese wiring and ischemia. This analysis reinforces that techniques promoting a homogeneous distribution of mechanical forces are biomechanically more advantageous and should be prioritized when closing wounds under tension. A careful selection of suturing technique, considering tissue characteristics and wound geometry, is essential to optimize healing outcomes and reduce adverse events.