As fraturas diafisárias do fêmur são frequentemente graves e decorrem de acidentes de alta energia, que podem acometer outros órgãos. A melhor abordagem terapêutica para as fraturas diafisárias do fêmur é eminentemente cirúrgica. Na atualidade, muitos ortopedistas e traumatologistas preferem a opção terapêutica por hastes intramedular, que é um dos exemplos de fixação biológica, que, por apresentar um procedimento com técnica cirúrgica simples e padronizada, contribui para uma melhor estabilização das fraturas com um mínimo de manipulação dos fragmentos, a fim de manter sua vascularização, menores danos aos tecidos moles e o potencial de consolidação ser maior e permitindo, assim, uma carga precoce. No entanto, isto não a isenta de complicações, sendo a infecção pós-operatória a mais temida. Objetivo: Analisar as publicações científicas sobre as complicações que mais acometem os pacientes submetidos a esta técnica cirúrgica. Metodologia: Revisão da literatura através de uma pesquisa bibliográfica, localizada através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Resultado: Foram avaliados 20 artigos científicos e,
observamos um total de 326 pacientes, nos quais encontramos 215 complicações. Destas complicações, a anisomelia tem uma maior incidência (50,70%); falha na consolidação vem em seguida (17,21%); infecção de partes moles (6,98%); limitação do arco do movimento do joelho (5,58%); desvio rotacional (4,65%); desvio angular (4,19%); inserção da haste na bursa (2,33%); embolia gordurosa (1,86%); pneumonia (1,40%), dor (0,93%), infecção da ferida operatória (0,93%) e embolia pulmonar (0,93%), osteomielite (0,47%), necrose epifisária (0,47%), TVP (0,47%), insuficiência respiratória (0,47%) e perfuração do córtex do colo femural (0,47%). Considerações finais: Foi observado um número muito reduzido nas complicações com esta técnica, não considerando qualquer outro fator que venha a desencadeála. Nas próximas pesquisas, deverão ser analisados se estes valores são referentes a técnica realizada ou a diminuição dos fatores de risco para a realização do procedimento cirúrgico.
Diaphyseal fractures of the femur are often severe and result from high-energy accidents that can affect other organs. The best therapeutic approach for femoral shaft fractures is eminently surgical. Currently, many orthopedists and traumatologists prefer the therapeutic option for intramedullary nails, which is one of the examples of biological fixation, which, by presenting a procedure with simple and standardized surgical technique, contributes to a better stabilization of the fractures with minimal manipulation of the fractures. fragments, in order to maintain their vascularization, less damage to soft tissues and the potential for consolidation to be greater, thus allowing an early loading. However, this is not without its complications, being the most feared postoperative infection. Objective: To analyze the scientific publications on the complications that most affect patients undergoing this surgical technique. Methodology: Literature review through a bibliographic search, located through the Virtual Health Library (VHL) Result: We evaluated 20 scientific articles and,
We observed a total of 326 patients, in whom 215 complications were found. Of these complications, anisomelia has a higher incidence (50.70%); consolidation failure follows (17.21%); soft tissue infection (6.98%); knee range of motion limitation (5.58%); rotational deviation (4.65%); angular deviation (4.19%); insertion of the stem into the bursa (2.33%); fat embolism (1.86%); pneumonia (1.40%), pain (0.93%), wound infection (0.93%) and pulmonary embolism (0.93%), osteomyelitis (0.47%), epiphyseal necrosis (0.47 %), DVT (0.47%), respiratory failure (0.47%) and perforation of the femoral neck cortex (0.47%). Final considerations: A very small number of complications were observed with this technique, not considering any other factor that may trigger it. In future research, it should be analyzed whether these values refer to the technique performed or the reduction of risk factors for performing the surgical procedure.
