Complicações infecciosas em crianças com doença falciforme após esplenectomia cirúrgica

Revista Paulista De Pediatria

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ISSN: 1030582
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Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Complicações infecciosas em crianças com doença falciforme após esplenectomia cirúrgica

Ano: 2015 | Volume: 33 | Número: 2
Autores: C. P. Monaco Junior, P. B. Fonseca, J. A. Braga
Autor Correspondente: P. B. Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: Doença falciforme; Sequestro esplênico; Esplenectomia; Infecção

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Resumo
Objetivo: Avaliar a frequência de complicac¸ões infecciosas em pacientes portadores de doenc¸a
falciforme (DF) submetidos à esplenectomia cirúrgica, após episódio de sequestro esplênico
(SE).
Métodos: Coorte retrospectiva de crianc¸as com DF que nasceram após 2002 e que estavam
em acompanhamento regular até julho de 2013. Os pacientes foram divididos em dois grupos,
casos (constituído pelas crianc¸as com DF que fizeram esplenectomia cirúrgica após sequestro
esplênico) e controles (crianc¸as com DF que não tiveram SE e não foram submetidas ao procedimento),
a fim de comparar a frequência de infecc¸ões invasivas (sepse, meningite, bacteremia
com hemocultura positiva, síndrome torácica aguda e/ou pneumonia) por meio de informac¸ões
obtidas do prontuário. A análise estatística foi descritiva.
Resultados: Foram avaliados 44 pacientes com idade média no momento da esplenectomia de
2,6 anos (1-6,9 anos) e com tempo médio de seguimento após esplenectomia de 6,1 anos (3,8-
9,9 anos). O grupo controle foi formado por 69 pacientes com idade média do início do seguimento
de 5,6 meses (1-49 meses) e tempo de acompanhamento médio de 7,2 anos (4-10,3 anos).
Todos receberam a vacina pneumocócica conjugada. Não foi observada diferenc¸a significativa
entre os grupos em relac¸ão aos processos infecciosos durante o período de seguimento.
Conclusões: A esplenectomia cirúrgica nas crianc¸as com doenc¸a falciforme e que sofreram
sequestro esplênico não se associou ao aumento na frequência de complicac¸ões infecciosas
após seis anos de acompanhamento clínico.