Introdução: A prevalência estimada de extremo medo e ansiedade dentária
é de 40% na população adulta. O medo expresso pelo paciente do dentista
raramente é usado na prática clínica para avaliar as preocupações do
paciente.
Objetivos: O presente estudo foi realizado para identificar os fatores de risco
associados ao medo do dentista e a frequência de visitas ao consultório
odontológico.
Metodologia: O estudo incluiu 98 indivíduos que visitaram uma clínica
odontológica da Universidade Federal do Amazonas. O medo dentário foi
medido: (Qual o seu medo de visitar o dentista? A. De modo algum, b. Pouco
c. Muito). Os dados demográficos foram coletados com base na Escala
Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), enquanto o medo dentário foi
avaliado pelo Questionário de Medo Dental (CMD). Essas avaliações foram
feitas antes da realização do tratamento odontológico.
Resultados: Os resultados revelaram que quatro dimensões do TMC foram
consideradas: A. cuidados acidentais, b. atitude do dentista, c. negligência e
d. organização. Somente as dimensões de atitude do dentista (OR = 2,4
(IC95%: 1,1-5,4); p = 0,02) e negligência (OR = 5,3 (IC95%: 2,0- 13,1); p =
0,0001), juntamente com o os níveis de ansiedade (OR = 1,3 (IC95%: 1,3-1,7);
p = 0,01) foram associados independentemente à presença de medo
dentário. Nenhuma das variáveis esteve associada à frequência de visitas ao
dentista.
Conclusões: Os resultados revelaram ainda que as dimensões de atitude e
ansiedade do dentista estavam associadas ao medo de visitar o dentista.