Comportamento da artéria ovárica em éguas sem raça definida (Equus caballus, Linnaeus, 1758)

Acta Scientiae Veterinariae

Endereço:
AV BENTO GONçALVES 9090
PORTO ALEGRE / RS
Site: http://www.ufrgs.br/actavet/
Telefone: (51) 3308-6964
ISSN: 16799216
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 31/12/1969
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina Veterinária

Comportamento da artéria ovárica em éguas sem raça definida (Equus caballus, Linnaeus, 1758)

Ano: 2007 | Volume: 35 | Número: 3
Autores: Lindolfo Gonçalves Cabral, Patricia Reginato Facciotti, Dulcinéa Gonçalves Teixeira, Karla Patrícia Cardoso Araújo, Daniele dos Santos Martins, Rose Eli Grassi Rici, Carlos Eduardo Ambrósio, Maria Angelica Miglino, Arani Nanci Bomfim Mariana
Autor Correspondente: Carlos Eduardo Ambrósio | [email protected]

Palavras-chave: anatomia microscópica, éguas, equus caballus, ovário, artérias

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Atualmente, na medicina veterinária, os estudos envolvendo reprodução de eqüinos e principalmente a qualidade das fêmeas, que na maioria das vezes são consideradas como receptoras, são de extrema valia, devido a ganho de produção e qualidade de plantel dos criadores, sendo assim, teve-se por objetivo estudar o comportamento da artéria ovárica em éguas, ou seja, a sua ramificação e distribuição no parênquima ovariano, para dar subsídios a um melhor entendimento das manobras de melhoramento genético e produção, focando aspectos morfológicos e fisiológicos da vascularização e viabilidade deste órgão na reprodução animal. Foram utilizados 68 ovários (34 pares) de éguas adultas sem raça definida, com diferentes idades, obtidas no Frigorífico Pomar, município de Araguari, MG. Verificou-se que a artéria ovárica apresenta um trajeto longo, flexuoso e espiralado, alcançando a glândula por meio da margem mesovárica, próximo à extremidade uterina. Esta artéria mantém o sentido ora dorsal ora ventral, segue em direção à extremidade tubárica, contorna-a até atingir a fossa ovárica, e penetra na glândula somente após ter percorrido toda a sua superfície. A artéria ovárica apresentou dois arranjos vasculares: um com emissão de 2 a 62 ramos dorsais e 4 a 46 ramos ventrais, durante seu percurso na margem mesovárica em 51 preparações (75%) e no outro arranjo a artéria ovárica, na extremidade uterina, dividiu-se em um ramo dorsal e outro ventral em 17 preparações (25%). Em relação às faces dos ovários, a face lateral apresentou um número maior de ramos que a face medial. Nos ovários direitos, os quadrantes mais irrigados foram, por ordem: o dorsocranial, o ventrocranial, o dorsocaudal e o ventrocaudal. Nos ovários esquerdos, foram: o ventrocranial, o dorsocranial, o ventrocaudal e o dorsocaudal.



Resumo Inglês:

Actually, on veterinary medicine, studies related to equine reproduction and mainly female quality, that most of the time, are considerate carrier production females and have an extremely value due to production increase and breed quality came from the farmers, then the aiming of the research was to study the ovaric artery behavior in mares, related with a fine description of ramification and distribution at ovarian parenchyma for further basal studies on reproduction field and productions rates correlates to reproductive performance, focusing morphological and physiological features from this organ vascularization and viability on animal reproduction. Sixty eight ovaries from adult crossbred mares of different ages obtained at the Slaughterhouse Pomar, Araguari - MG, Brazil. It was observed that the ovaric artery presents a long, sinuous and spiral course, and reaches the ovarian gland though the mesovaric margin near the extremity of the uterus, running either in a dorsal or ventral position. Then it runs towards the end of the uterine tube, circling it until it reach the ovarian fossae, and penetrate the ovarian gland only after passing along its entire surface. The ovaric artery presented two vascular arrangements: (1) one emits 2 to 62 dorsal branches and 4 to 46 ventral branches during its course along the mesovaric margin in 51 specimens (75%); (2) the other at the extremity of the uterus, is divided into a dorsal and ventral branches as was observed in 17 specimens (25%). Regarding the ovaric surfaces, the lateral surface presents a greater number of branches than the medial surface. In the right ovaries, the most highly irrigated quadrant was, in decreasing order, the dorsocranial, the ventrocranial, the dorsocaudal, and the ventrocaudal. In the left ovaries, the most irrigated was, in decreasing order, the ventrocranial, the dorsocranial, the ventrocaudal, and the dorsocaudal quadrants.