Ao longo século XX, uma enorme quantidade de publicações de grande sucesso editorial foi destinada a regular e formatar o comportamento feminino. Tais publicações se apresentavam como modelos de civilidade e etiqueta. Estudando este material, entre as décadas de 1940 e 1970, percebe-se que tais manuais praticamente não sofreram alterações em seu discurso. No entanto, estas quatro décadas, com a Segunda Guerra Mundial, o pós-guerra e os movimentos sócios culturais dos anos 1960-1970, marcaram alterações profundas na vida das mulheres do Ocidente. Interessa, assim, compreender e fazer um estudo comparativo do descompasso entre o discurso dos manuais de comportamento e a realidade das mulheres na segunda metade do século XX.