OBJETIVO:
Estudar variáveis antropométricas e de composição corporal como preditores de risco de alterações metabólicas e de sÃndrome metabólica em adolescentes do sexo feminino.
MÉTODOS:
Coletaram-se dados bioquÃmicos, clÃnicos e de composição corporal de 100 adolescentes de 14 a 17 anos de escolas públicas de Viçosa, MG.
RESULTADOS:
Quanto ao estado nutricional, 83, 11 e 6% apresentaram eutrofia, sobrepeso/obesidade e baixo peso, respectivamente, e 61% apresentaram alto percentual de gordura corporal. O colesterol total foi o que apresentou maior porcentagem de inadequação (57%), seguido do HDL (high-density lipoprotein - 50%), do LDL (low-density lipoprotein - 47%) e dos triglicerÃdeos (22%). Observou-se inadequação em 11, 9, 3 e 4% quanto à resistência à insulina, insulina de jejum, pressão arterial e glicemia, respectivamente. Encontraram-se maiores valores de insulina de jejum e HOMA-IR (Ãndice de resistência à insulina, do inglês Homeostasis Model Assessment-Insulin Resistance) nos maiores quartis de Ãndice de massa corpórea (IMC), perÃmetro da cintura, relação cintura/estatura e percentual de gordura corporal. Observou-se que o IMC, o perÃmetro da cintura e a relação cintura/estatura foram as variáveis que demonstraram predizer melhor o diagnóstico de nÃveis elevados de HOMA-IR, glicemia e insulina de jejum. A relação cintura/quadril se associou ao diagnóstico da hipertensão arterial. Todas as variáveis de composição corporal foram eficazes no diagnóstico da sÃndrome metabólica.
CONCLUSÕES:
As variáveis perÃmetro da cintura, IMC e relação cintura/estatura foram bons preditores de alterações metabólicas nas adolescentes e, por isso, devem ser usadas em conjunto para avaliar o estado nutricional nessa faixa etária.