Composição florística e estratégias de dispersão de espécies lenhosas em uma floresta ribeirinha, arroio Passo das Tropas, Santa Maria, RS, Brasil

Iheringia Série Botânica

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ISSN: 0073-4705
Editor Chefe: Lezilda Carvalho Torgan
Início Publicação: 31/12/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Botânica

Composição florística e estratégias de dispersão de espécies lenhosas em uma floresta ribeirinha, arroio Passo das Tropas, Santa Maria, RS, Brasil

Ano: 2005 | Volume: 60 | Número: 1
Autores: Jean Carlos Budke, Eduardo Anversa Athayde, Eduardo Luís Hettwer Giehl, Renato Aquino Záchia, Sonia Maria Eisinger
Autor Correspondente: J.C.Budke, E.A.Athayde, E. L. H. Giehl, R. Záchia, S. M. Eisinger | [email protected]

Palavras-chave: diásporos vegetais, frugivoria, Sul do Brasil.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As florestas ribeirinhas são de extrema importância ecológica, funcionando como corredores
biológicos e mantendo a qualidade da água dos rios e a fauna ictiológica. No contexto deste
processo, pouco se conhece sobre a dispersão dos diásporos vegetais. O presente estudo tem por objetivos descrever a composição florística e as estratégias de dispersão das espécies lenhosas em um trecho de floresta ribeirinha de Santa Maria, sul do Brasil. Foram amostrados todos os indivíduos com PAP > 15 cm em 100 parcelas de 10 × 10 m. Os mecanismos de dispersão foram descritos a partir de observações no campo e pelo uso de bibliografia especializada. Foram encontradas 68 espécies de 31 famílias. Myrtaceae (18), Fabaceae (7) Asteraceae, Sapindaceae, Euphorbiaceae e Flacourtiaceae com três espécies foram as famílias com maiores riquezas em espécies. A dispersão zoocórica foi registrada para 72% das espécies; 24% apresentaram estratégia de dispersão anemocórica e 4%, autocórica. Considerando as estratégias de dispersão e a abundância de indivíduos, a dispersão zoocórica foi verificada em 45% dos indivíduos, a autocórica em 43% e a estratégia anemocórica, em 12%. A acentuada percentagem de espécies zoocóricas confirma a importância dos agentes bióticos na manutenção do fluxo gênico em formações florestais.