O objetivo deste artigo é refletir sobre a configuração da comunicação corporativa como estímulo ao consumo de ativismo na pós-modernidade, suas características e formas de expressão. No contexto de nossa problematização, caracterizamos o consumo como um ato de expressão identitária e cultural, entendendo que os símbolos são utilizados como forma de atribuição de significados e valores. A problematização diz respeito a como o estímulo ao consumo de ativismo engendra a ordem capitalista pós-moderna, em um sistema que se retroalimenta e se transforma a partir das suas próprias inquietações, utilizando as mídias sociais para aumentar o alcance da narrativa e atingir uma audiência mais ampla. Para responder a isso, realizamos um estudo tendo como base um perfil de produtos veganos no Instagram (Simple Organic) observando como se configura o conteúdo das postagens da empresa em relação aos símbolos apresentados, entre 04 e 14 de outubro de 2023. Analisamos a estratégia discursiva da marca sob a ótica de deslocamentos identitários, buscando entender os padrões narrativos empregados. Observamos nas narrativas da marca, nas redes sociais, uma tendência à apropriação de signos de consumo já estabelecidos culturalmente.