A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), iniciada no final de 2019 na China, trouxe inúmeros desafios para a educação, pois, para conter a transmissão do vírus, houve a suspensão de aulas presenciais na maior parte dos países. Esse fato aconteceu ao longo do avanço do número de casos em cada região. Neste cenário de mudança não planejada e abrupta da modalidade de ensino presencial para o ensino remoto, surgiram vários desafios. Dentre eles, destacam-se as questões de infraestrutura, como o uso de plataformas virtuais nas instituições; equipamentos para docentes e discentes; ambientes físicos adequados ao ensino e aprendizagem, em especial, destaca-se a inclusão digital, acessibilidade; e, desenvolvimento de competências digitais para o uso das ferramentas na mediação das atividades remotas para docentes e discentes. Este Editorial discute o surgimento de grupos de docentes de Enfermagem de diferentes regiões do Brasil, motivados pelo desejo de aprender como desempenhar suas atividades de ensino em um contexto diferente daquele que estava habituado. Os grupos vêm se configurando com características semelhantes as Comunidades descritas acima, e podem se fortalecer e se estruturar como tal ou criar redes de solidariedade entre pares com o objetivo de contribuir com troca de experiência, segurança, valorização docente e reflexão sobre a prática que vem sendo desenvolvida. E assim, fortalecer, o ensino de qualidade, em defesa da vida e do Sistema Único de Saúde (SUS).