O texto tem como objetivo evidenciar as comunidades remanescentes de quilombos do municÃpio de Viamão no Estado do Rio Grande do Sul. Em Viamão, entre 2002 e 2004, comunidades se auto-identificaram como quilombolas. Devido a mediações acadêmicas e militantes, a auto-afirmação, em Viamão, traduz de certo modo os estudos históricos e antropológicos que evidenciam os quilombos como espaços de construção de uma espécie de sociedade paralela, baseada em princÃpios de convivência e formas de reprodução diferenciadas das arroladas pela sociedade "oficial", ou seja, em que o isolamento tem o significado de manutenção das fronteiras simbólicas. Assim, o texto traz conclusões de que o que diferencia uma comunidade quilombola são as formas de se relacionarem com os espaços de uso familiar, as relações e prestações entre gerações e as alianças entre famÃlias e, portanto não apenas o simples fato de erguerem marcadores simbólicos contrastivos.