Este artigo analisa a compreensão sobre a infância influencia o planejamento e a atuação docente nos primeiros anos da educação formal, com o objetivo de refletir sobre como a concepção de infância impacta diretamente as práticas pedagógicas e a organização da Educação Infantil. Através de uma revisão bibliográfica, o texto discute as transformações históricas no olhar sobre a infância, os direitos das crianças e o papel da Educação Infantil como espaço de cuidado, educação e desenvolvimento integral, reconhecer a criança como sujeito de direitos e protagonista de sua aprendizagem é essencial para uma prática pedagógica humanizada e significativa. Ao longo do tempo, a infância deixou de ser vista apenas como uma etapa preparatória para a vida adulta e passou a ser reconhecida como uma fase com características próprias, em que a criança possui voz, desejos e saberes. Essa mudança de perspectiva traz implicações profundas para a prática docente, que precisa considerar os interesses, os tempos e os modos de ser da criança. Nesse contexto, o professor assume o papel de mediador e observador atento, que organiza o ambiente, propõe experiências significativas e respeita a individualidade de cada criança. O planejamento das atividades, portanto, deve partir da escuta sensível e do diálogo constante com as crianças, valorizando suas expressões e promovendo a construção coletiva do conhecimento. Assim, uma prática pedagógica coerente com uma concepção atual de infância contribui para o fortalecimento das relações, o exercício da cidadania desde os primeiros anos e a construção de uma escola mais justa, acolhedora e democrática.
