OBJETIVO: verificar a confiabilidade da informação fornecida por adultos e crianças a respeito do posicionamento habitual de lÃngua.
MÉTODOS: foram investigadas 30 crianças e 30 adultos em dois momentos, com diferença mÃnima de sete e máxima de vinte e um dias. Inicialmente foi realizada a observação do posicionamento habitual de lÃngua. Em seguida, o participante foi questionado a respeito de seu posicionamento habitual. Após a resposta, a lÃngua foi estimulada com uma espátula de madeira, a fim de aumentar a percepção. Posteriormente, questionou-se, novamente, o indivÃduo. Em seguida, orientou-se o participante a observar onde sua lÃngua permanece habitualmente na cavidade oral, até o segundo momento da avaliação. Nesta oportunidade, o participante foi questionado a respeito de seu posicionamento habitual de lÃngua. Os dados foram analisados por meio da estatÃstica Kappa.
RESULTADOS: não foi possÃvel visualizar o posicionamento habitual de lÃngua em 100% da amostra. Quanto à confiabilidade geral das respostas verificou-se classificação entre discreta e regular. As crianças apresentaram respostas pouco consistentes e bastante diversificadas, já em relação aos adultos, parte apresentou respostas corretas logo no primeiro questionamento e parte somente apresentou respostas confiáveis após estimulação de percepção intra-oral.
CONCLUSÕES: a confiabilidade da informação fornecida pelos indivÃduos da amostra a respeito de seu posicionamento habitual de lÃngua varia entre discreta e regular, sendo, portanto, baixa, tanto em crianças quanto em adultos. Uma possÃvel estratégia a ser utilizada na prática clÃnica fonoaudiológica é questionar o paciente quanto ao seu posicionamento lingual após determinado perÃodo de observação.
PURPOSE: to check the reliability of the information provided by adults and children about the habitual tongue position.
METHODS: we investigated 30 children and 30 adults in two phases, with minimum difference of seven and maximum of twenty-one days. Initially we observed the usual position of the tongue. Then the subjects were questioned about the habitual position After the response, the tongue was stimulated with a wooden spatula, in order to enhance perception. Then, the subjects were guided to observe where their tongue was usually positioned in the oral cavity, until the second assessment. This time, the subjects were asked about their habitual position of the tongue. Data were analyzed using Kappa statistic.
RESULTS: it was not possible to observe the usual position of the tongue in 100% of the sample. As for the general reliability of the responses, it was found between mild and regular classification. The children showed responses to be little consistent and very diverse. As for the adults, part of them submitted correct answers in the first question and others only submitted reliable answers after intra-oral perception stimulation.
CONCLUSIONS: the reliability of the information provided by the individuals in the sample on the usual position of the tongue varies from mild, regular, and therefore low, both in children as in adults. A possible strategy to be used in clinical speech therapy practice is questioning the patients about their tongue position after a period of observation.