A configuração de um ícone de nacionalidade: as tias baianas no Rio de Janeiro

Proa

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ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A configuração de um ícone de nacionalidade: as tias baianas no Rio de Janeiro

Ano: 2019 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Nunes Neto, Francisco Antonio
Autor Correspondente: Francisco Antonio Nunes Neto | [email protected]

Palavras-chave: Baianas, Brasil, Festas, Carnaval, Representações

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto analisa como as Baianas se converteram em um poderoso ícone de nacionalidade brasileira. Para tanto, acionamos como principais referências as pistas encontradas em algumas pesquisas e alguns estudos, assim como as observadas em outros tipos de representações tais como os textos jornalísticos e as letras de músicas do cancioneiro popular nacionais. Neste sentido, este artigo apresenta em que contexto, em que medida e em quais sentidos as Baianas – mulheres negras egressas de Salvador e cidades do Recôncavo do estado da Bahia – desembarcam no Rio de Janeiro em meados do século XIX, então capital nacional, aí emergindo no imaginário coletivo como porta-vozes de uma ancestralidade que representa uma perspectiva de nacionalidade que anuncia, enuncia, integra e identifica socioculturalmente uma parcela significativa da população deste país. Presença marcante e inconfundível em algumas festas como o carnaval do Rio de Janeiro ou naquelas lidas como públicas e populares da Bahia como a de Santa Bárbara, a do Senhor do Bonfim e a de Yemanjá, as Baianas vetorizam e congregam tradição e modernidade em distintas temporalidades.