Os propósitos deste artigo caminham em duas direções. Em primeiro lugar, consiste em discutir a produtividade do conceito de “configuração discursivaâ€, oriundo da proposta teórico-metodológica da semiótica de Paris, para designar uma forma de agrupamento de discursos em torno de uma temática comum. A escolha desse conceito propicia um afastamento do termo “temaâ€, que, para a semiótica, tem um sentido bastante preciso, que se diferencia do senso comum, e, ao mesmo tempo, do termo “gêneroâ€, que tem um uso mais abrangente que o atribuÃdo à “configuração discursivaâ€. Em segundo lugar, este trabalho propõe examinar a configuração discursiva do “comportamentoâ€, detectada no corpus que dá sustentação ao trabalho, para descrever seu funcionamento. O referido corpus consiste no levantamento de listas dos livros de literatura infantojuvenil mais vendidos no Brasil, no perÃodo de 1994 a 2004, realizado em
dois jornais e em duas revistas de circulação nacional.