Neste artigo, refletiremos sobre os desafios impostos à efetivação da atualpolÃtica de saúde mental brasileira, especificamente quanto ao cuidado domésticooferecido ao portador de transtorno mental. Nestes termos, partimos de uma incursãohistórica sobre o Movimento da Reforma Psiquiátrica no paÃs para, em seguida,considerando dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica(IBGE), refletir sobre a atual composição familiar no paÃs, bem como sobre o lugar damulher nesse grupo. Com isso, constatamos alguns desafios a serem enfrentados naimplementação do novo paradigma de cuidado oferecido ao portador de transtornomental, o qual, por sua vez, constitui um forte elementopara sobrecarregar ainda maisas mulheres, já que o cuidado configura-se na atual sociedade como uma tarefa quaseque exclusivamente feminina.
This article aims to reflect on the challenges to the effectiveness of the
current Brazilian mental health policy, specifically with regard to domestic care provided
to patients with mental disorders. Therefore, we start from a historical incursion
on the Movement of the Brazilian Psychiatric Reform to then reflect on the current
family composition in the country as well as on the place of women in this group. The
research permitted to find some challenges to be faced in implementing the new
paradigm of care offered to patients with mental disorders which represent a strong
element to increase workload on women, since care is configured in today’s society
as a task almost exclusively undertaken by women.