Conflito, aventura e misticismo: que amazônias são narradas em filmes de ficção?

Nova Revista Amazônica

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ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Conflito, aventura e misticismo: que amazônias são narradas em filmes de ficção?

Ano: 2019 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: Lívia Alencar Pacifico Tavares, Sandra Nazaré Dias Bastos
Autor Correspondente: L. A. P. Tavares | [email protected]

Palavras-chave: Amazônias, mídia, representação, pedagogias culturais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem por objetivo analisar como a Amazônia Brasileira é representada em um filme de ficção. Diante de uma série de títulos voltados para os mais diversos públicos, escolhemos A Floresta de Jonathas, lançado em 2013, filme voltado para o público infanto-juvenil que narra o romance entre Jonathas, um garoto nativo do Amazonas e Milly, garota estrangeira (ucraniana) que visita Manaus em busca de lazer e aventura. Para análise dos enunciados, tomamos os filmes como dispositivos pedagógicos que fazem circular representações que são capazes de produzir efeitos sociais que se traduzem em regime de verdade que nos ensinam formas de ver e dizer a Amazônia, bem como as pessoas que lá habitam. Buscamos em Michel Foucault os conceitos de discurso, poder, enunciado, dispersão e subjetivação para embasar nossas análises. Foi possível observar, a partir do objeto que elegemos para este estudo, que de uma forma geral a Amazônia é representada como local inóspito e distante. Para os moradores locais é um local de aprisionamento e para os que vêm de fora, a promessa de exotismo, beleza e aventura. O enredo do filme mostra o espaço que ora é representado pelo misticismo (presente em elementos femininos como a floresta e a mãe do protagonista), ora por sua força e poder ao castigar aqueles que lá se aventuram.



Resumo Inglês:

The present work aims to analyze how the Brazilian Amazon (BA) is represented in fiction films. Faced with a series of titles aimed at the most diverse audiences, we chose Jonathas’ Forest, launched in 2013, a movie aimed at the children and adolescents audience that narrates the romance between Jonathas, a simple boy native to the Amazon and Milly, a foreign (Ukrainian) girl who visits Manaus in search of leisure and adventure. For analysis of the statements, we take the films as pedagogical devices that circulate representations that are capable of producing social effects that translate into a regime of truth that teach us ways to see and say the Amazon, as well as the people that live on it. We seek in Michel the concepts of discourse, power, enunciation, dispersion and subjectivation to sustain our analysis. We could observe, from the object that we have chosen for this study, that in general the Amazon is represented as an inhospitable and far place. To the local inhabitants is a place of imprisonment and for the foreigners, it is seen as a promise of mysticism, beauty and adventure The plot of the film shows the space that is or represented by mysticism (present in female elements such as the forest and Jonatha’s mother) or by its strength and power to punish those that venture there.