Conflitos territoriais e ambientais no mapa da cartografia social do sofrimento, fixados pelos grandes empreendimentos no nordeste paraense

Manduarisawa

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Conflitos territoriais e ambientais no mapa da cartografia social do sofrimento, fixados pelos grandes empreendimentos no nordeste paraense

Ano: 2022 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Nelson Ramos Bastos
Autor Correspondente: Nelson Ramos Bastos | [email protected]

Palavras-chave: Direitos territoriais, identidades coletivas, disputas cartográficas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa conflitos territorial e ambiental, envolvendo grandes empreendimentos e povos tradicionais no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) do município de Abaetetuba, região do Baixo Tocantins, Estado do Pará, Brasil. Para compreender as disputas e interesses em jogo, fez-se a etnografia dessa situação, entre os anos 2017 e 2019, utilizando aporte teórico da ecologia política e antropologia. Os resultados apontam uma convergência de interesses entre os atores do desenvolvimento, que não dialogam com os interesses dos povos originários do lugar, tais como a edição de leis que tem como maiores beneficiários as grandes companhias do agronegócio mundial e grupos empresariais. Ao se territorializarem nessa região, tais companhias têm desestruturado o mundo social da várzea do estuário amazônico e colocado em evidência o antagonismo cada vez mais forte entre meio ambiente e estratégias de desenvolvimento em áreas da periferia do sistema capitalista.



Resumo Inglês:

This article analyzes territorial and environmental conflicts, involving large enterprises and traditional peoples in the Agroextractive Settlement Project (PAE) in the municipality of Abaetetuba, region of Baixo Tocantins, State of Para, Brazil. To understand the disputes and interests at stake, this situation was ethnographed, between the years 2017 and 2019, using theoretical support from political ecology and anthropology. The results point to a convergence of interests between the actors of development, who do not dialogue with the interests of the people from the place, such as the enactment of laws whose main beneficiaries are the large agribusiness companies worldwide and business groups. By territorializing themselves in this region, these companies have disrupted the social world of the lowland of the Amazon estuary and highlighted the increasingly strong antagonism between the environment and development strategies in areas on the periphery of the capitalist system.