A farinha constitui um dos principais produtos da mandioca e o Vale da Copioba/BA ganhou
notoriedade devido à grande produção de farinha de mandioca do tipo Copioba. O objetivo deste
trabalho foi identificar a conformidade das farinhas de Copioba comercializadas em feiras de
Salvador com os parâmetros exigidos por legislação, contribuindo para a Indicação Geográfica
(IG) do produto. Nove amostras de farinhas amarelas de Copioba de 4 feiras distintas foram
analisadas e os valores comparados com a Legislação Brasileira. A umidade (4,65 a 7,98%)
apresentou 100% de conformidade; cinzas (0,65 a 1,70%), fibras (0,92 a 2,72%) e amido (78,99 a
90,55%) apresentaram 88,89%, 55,56% e 88,89% de conformidade, respectivamente. 33,33% das
amostras foram consideradas pouco ácidas e 66,67% muito ácidas, com 1,81 a 2,44 e 3,21 a 4,71
meqNaOH/100g, respectivamente. 100% das farinhas enquadraram-se nos critérios de
classificação granulométrica e somente 44,44% atenderam a todos os critérios exigidos por
legislação, sendo um dado de qualidade importante para uma futura IG. Apesar de nas feiras
utilizar-se a lexia “de Copioba†para designar melhor qualidade, necessita-se comparar estes
resultados aos de amostras coletadas em Casas de Farinhas do Vale do Copioba, e através da
rastreabilidade garantir a identidade da farinha de Copioba.