Identificar o olhar dos profi ssionais médicos, enfermeiros e dentistas da Estratégia de Saúde da Família, em relação a maus tratos em crianças e adolescentes e sua notifi cação. Trata-se de estudo de corte transversal, realizado com 21 profi ssionais da Equipe Básica de Saúde da Família (EBSF), do Município de Pacajus, Ceará, no período de maio e junho de 2009, através de um questionário autoaplicado e os dados foram submetidos à análise descritiva. Estudo aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da UNIFOR. Dentre os participantes 47,6% tinham menos de 5 anos de formado, 71,4% nunca participaram de treinamentos na área da violência contra crianças e adolescentes, 71,4% conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 57,1% possuem a ficha de notificação na sua Unidade Básica de Saúde (UBS), 52,3% relataram nunca terem se deparado com caso de maus tratos. Dos que se depararam 50% notifi caram o caso, 57% dizem que não confi am nos órgãos de proteção, 80,9% referenciam os casos para o Conselho Tutelar, 71, 4% relatou ser vantajoso instituir a notifi cação compulsória de maus tratos na atenção básica, 42,8% concluiu que a maior difi culdade encontrada para realizar a notifi cação de maus tratos é a falta de proteção ao profi ssional que notifi ca. Concluímos que os profissionais têm interesse em notificar, porém falta conhecimento, treinamento e apoio quanto à segurança e órgãos de apoio e proteção. O estudo sinaliza para despertar a conscientização e compromisso dos gestores para investir no processo de notificação nessa área.