Conhecimentos não Conhecidos: os limites do conhecimento científico e o seu (Des)Privilégio no conhecimento local africano

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ISSN: 16767640
Editor Chefe: Marieta Pinheiro de Carvalho
Início Publicação: 31/05/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Conhecimentos não Conhecidos: os limites do conhecimento científico e o seu (Des)Privilégio no conhecimento local africano

Ano: 2024 | Volume: 23 | Número: 1
Autores: Cleiton Fernando Pinto Celestino
Autor Correspondente: Cleiton Fernando Pinto Celestino | [email protected]

Palavras-chave: Ubuntu, Ujamaa, Conhecimento, Ciência, Método

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Examino neste trabalho, a atitude científica, por meio do seu campo, conhecido como conhecimento. Debruço-me em torno dos processos por intermédio dos quais a ciência considera válidos para legitimar o conhecimento. Dos argumentos de René Descartes, sobre o método científico, e das observações de Valéria Giannella sobre a construção da epistemologia a partir de uma outra abordagem; percebo que, a exploração da ciência não ocidental pela ciência ocidental, fez conflitar os interesses de produção científica, fazendo-lhe perder prestígio na África. Partindo de “experiências e sentidos” (LARROSA, 2002) africanos, como Ujamaa (NHERERE, 1968), sugiro, uma reflexão em torno das metodologias caracterizantes da ciência, e a adaptação de meios que se desfaçam de modelos padronizados e localizados em ideologias ocidentais. Só assim, será possível o socialismo científico à luz das interconexões socioculturais.



Resumo Inglês:

In this work, I examine the scientific attitude through its field, known as knowledge. I look at the processes through which science considers the legitimisation of knowledge to be valid. From René Descartes' arguments on the scientific method and ValériaGiannella's observations on the construction of epistemology from another approach, I realise that, the exploitation of non-Western science by Western science has caused the interests of scientific production to conflict, causing it to lose prestige in Africa. Starting from African ‘experiences and meanings’ (LARROSA, 2002), such as Ujamaa (NHERERE, 1968), I suggest a reflection on the methodologies that characterise science, and the adaptation of means that break away from standardised models located in Western ideologies. Only in this way will scientific socialism be possible in the light of socio-cultural interconnections. .