O texto busca fazer uma reflexão sobre a natureza social do ser humano, bem como sua interdependência cada vez maior resultante da divisão do trabalho e fragmentação do conhecimento. Diante desses fatos, procura questionar de que forma ainda é possível falar na emancipação dos indivíduos, conciliando os conhecimentos de interesse comum da sociedade com os conhecimentos especializados de cada área profissional. Tais impasses são notadamente verificáveis ao constatarmos a pobreza e esvaziamento do debate político na esfera pública, o individualismo crescente, a falta de sentido para a própria existência, bem como a naturalização de um determinado modo de vida, em detrimento de outros possíveis. A partir daí, procura abordar qual seria a contribuição da filosofia, numa perspectiva teórica crítica, ao deparar-se com essas questões.