Conservadorismo religioso e “Moisés e o monoteísmo” de Sigmund Freud – uma abordagem que ainda surpreende

Revista Latinoamericana De Psicopatologia Fundamental

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Início Publicação: 10/03/1998
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Psicologia

Conservadorismo religioso e “Moisés e o monoteísmo” de Sigmund Freud – uma abordagem que ainda surpreende

Ano: 2008 | Volume: 11 | Número: 4
Autores: Gisálio Cerqueira Filho
Autor Correspondente: Gisálio Cerqueira Filho | [email protected]

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Resumo Português:

No século XVII, o pietismo reflete um descontentamento em relação aos rumos do protestantismo luterano, mas ainda uma reação à ortodoxia que, de certo modo, adulterava o espírito da piedade cristã pregado por Lutero. Nesse aspecto, o pietismo pode e deve ser considerado como uma reforma dentro da reforma. Ele terá um caráter ecumênico e não se estrutura em linha de ruptura com as igrejas estabelecidas. O pietismo terá uma importância crucial no desenvolvimento da cultura germânica. Podemos listar alguns personagens que sofreram sua influência: entre outros, Kant, G. H. Schubert, Moisés Mendelsohn, Schleiermacher, Novallis, Goethe e mesmo Sigmund Freud. Em Goethe, por exemplo, o pietismo será significativo no seu Os anos de aprendizagem de Wilhelm Meister. Tornando-se peça-chave da estética romântica, o livro VI, “Confissões de uma bela alma”, é o capítulo religioso do romance, mas sobretudo um formidável documento sobre o pietismo e seus desdobramentos na Alemanha. A partir da compreensão de que o pietista é o artesão da própria fé (a idéia presente é a de que a salvação está ligada à fé pessoal de cada qual) o movimento religioso pode ser visto em três fases.