Considerações sobre a decadência contra o beneficiário no âmbito do Direito Previdenciário

Revista da Defensoria Pública da União

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ISSN: 24484555
Editor Chefe: Erico Lima de Oliveira
Início Publicação: 18/10/2018
Periodicidade: Semestral

Considerações sobre a decadência contra o beneficiário no âmbito do Direito Previdenciário

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 11
Autores: Eduardo Levin
Autor Correspondente: Levin, E. | [email protected]

Palavras-chave: decadência, benefícios, revisão, panorama

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho visa abordar algumas questões importantes sobre o instituto da decadência no Direito Previdenciário, no que diz respeito à decadência contra o beneficiário, não sendo incomuns as consultas dos assistidos da Defensoria Pública da União sobre suas possibilidades de revisão de seus benefícios, quando devemos obrigatoriamente enfrentar o tema, à luz da legislação vigente e da jurisprudência mais atual. Até 27 de junho de 1997, data da publicação da Medida Provisória nº 1523-9/97, depois convertida na Lei nº 9.528/97, a legislação previdenciária desconhecia o instituto da decadência. Tendo sido inserido no sistema um prazo para o exercício de direitos, por parte dos segurados, muitos foram os debates acerca da interpretação de sua verdadeira natureza, bem como sobre os contornos de sua aplicação às diversas situações que se apresentam na prática. Embora o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 626.489/SE, tenha pacificado alguns entendimentos sobre o tema, muitas outras questões controvertidas continuam em aberto, como as referentes à aplicação do prazo de decadência nas ações para reconhecimento de tempo de serviço ou contribuição, à aplicação do prazo de decadência para a revisão de benefício antecedente em caso de pensão por morte, à possibilidade de interrupção do prazo decadencial nos casos de requerimento administrativo, entre outras. O presente artigo procura trazer ao leitor o panorama atual do debate doutrinário e jurisprudencial sobre o tema.



Resumo Inglês:

This paper aims to address some important questions about the institute of Lapsing in ​​Social Security Law, regarding Lapsing against the beneficiary, and it is not uncommon to consult the assistants of the Public Defender´s Office about their possibilities of reviewing their benefits, when we must tackle the issue in the light of current legislation and the most current jurisprudence. Until June 27, 1997, the date of publication of Provisional Measure nº 1.523-9 / 97, later converted into Law nº 9.528 / 97, the social security legislation was not aware of the institute of Lapsing. Since a period of time, for the exercise of rights by insured persons, has been included in the system, many debates about the interpretation of their true nature, as well as the contours of their application to the various situations, presented in practice. Although the Federal Supreme Court, in the judgment of RE 626.489 / SE, has pacified some understandings on the subject, many other controversial issues remain open, such as those concerning the application of the deadline of lapsing in the actions for recognition of time of service or contribution, application of the lapsing period for the review of antecedent benefit in case of death pension, the possibility of interruption of the lapsing period in the cases of administrative application, among others. The present article seeks to bring to the reader the current panorama of the doctrinal and jurisprudential debate on the subject.



Resumo Espanhol:

El presente trabajo pretende abordar algunas cuestiones importantes sobre el instituto de la decadencia en el Derecho Previsional, respecto a la decadencia contra el beneficiario, sin ser infrecuentes las consultas de los asistidos de la Defensa Pública de la Unión sobre las posibilidades de revisión de sus beneficios, cuando debemos obligatoriamente enfrentar el tema, a la luz de la legislación vigente y de la jurisprudencia más actual. Hasta el 27 de junio de 1997, fecha de publicación de la Medida Provisional nº 1523-9/97, convertida posteriormente en la Ley nº 9.528/97, la legislación previsional no conocía el instituto de la decadencia. Al haberse introducido en el sistema un plazo para el ejercicio de los derechos, por parte de los asegurados, muchos fueron los debates sobre la interpretación de su verdadera naturaleza, como también sobre los contornos de su aplicación a las diversas situaciones que se presentan en la práctica. Aunque el Supremo Tribunal Federal, en el juicio del RE 626.489/SI, haya pacificado algunos entendimientos sobre el tema, muchas otras cuestiones controvertidas siguen en abierto, como las referentes a la aplicación del plazo de decadencia en las acciones para el reconocimiento de tiempo de servicio o de contribución, a la aplicación del plazo de decadencia para la revisión de beneficio antecedente en caso de pensión por muerte, a la posibilidad de interrupción del plazo decadencial en los casos de requerimiento administrativo, entre otras. El presente artículo pretende ofrecer al lector el panorama actual del debate doctrinario y jurisprudencial sobre el tema.