CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE ERRO EM HUMANO, DEMASIADO HUMANO: UMA INTERLOCUÇÃO ENTRE NIETZSCHE E SPIR

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE ERRO EM HUMANO, DEMASIADO HUMANO: UMA INTERLOCUÇÃO ENTRE NIETZSCHE E SPIR

Ano: 2025 | Volume: 52 | Número: 162
Autores: Arthur Brito Neves, Ricardo Bazilio Dalla Vecchia
Autor Correspondente: Arthur Brito Neves | [email protected]

Palavras-chave: Nietzsche. Spir. Teoria do erro.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo explora a teoria do erro em Humano, demasiado humano, buscando determinar qual o critério alçado por Nietzsche para se afir­mar que tal e tal representação da moral, da religião ou da estética é enganosa. O critério fornecido por Nietzsche passa inevitavelmente por uma concepção correspondencialista de verdade. No caso de Humano, o erro estará alojado na não adequação entre nossas representações e a “natureza” ou “mundo real” (MA/HH 11). A interlocução fundamental de Nietzsche na matéria é Spir, filó­sofo que será aqui considerado como fonte. Exploraremos a interlocução com Spir sob o prisma do conceito de representação (condicionado), do conceito de erro e do papel do incondicionado princípio de identidade tal como articulado em Pensamento e Realidade (1877). O artigo identifica a posição parasitária de Nietzsche em relação às teses de Spir, por um lado alimentando-se do poder lógico-argumentativo em relação às teses metafísicas, por outro, rejeitando o estatuto do conceito de incondicionado. De Spir, Nietzsche extrai a tese da incompatibilidade entre a estrutura lógico-representacional e a natureza, entendida como verdade heraclitiana.