O objetivo deste ensaio consiste em argumentar, de maneira não conclusiva, em favor da tese que responsabiliza a física nuclear pela popularização, entre os físicos, do termo ‘modelo’. Apesar de este termo já ser usado desde, pelo menos, o início do século XX, foi com as investigações sobre a estrutura do núcleo atômico que ele se disseminou. Finalmente, este texto questiona se a popularização deste conceito não poderia ser também explicada pela sua capacidade de permitir a uma ciência tão especializada, donde tão fragmentada, como a física a existência de canais de comunicação internos.